Advogados acionam STF e pedem prisão de Zambelli

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Neste sábado (29), a parlamentar bolsonarista sacou e apontou uma arma para pessoas após uma confusão na região dos Jardins, em São Paulo

Mônica Bergamo
São Paulo, SP

Advogados do grupo Prerrogativas protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia de fato em que pedem a prisão em flagrante da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos supostos crimes de disparo de arma de fogo, ameaça e eventual lesão corporal.

Neste sábado (29), a parlamentar bolsonarista sacou e apontou uma arma para pessoas após uma confusão na região dos Jardins, em São Paulo.

Zambelli disse que atirou para o alto após ter sido xingada por um jornalista apoiador do ex-presidente Lula (PT). As imagens mostram ainda que um homem que acompanhava Zambelli também sacou uma arma e perseguiu o jovem.

O grupo de advogados quer que seja instaurado inquérito policial. O Prerrogativas pede ainda a apreensão das armas da parlamentar e de sua equipe para realização de perícia e a suspensão do porte de arma deles.

A parlamentar não poderia estar armada. Segundo legislação eleitoral, o porte de arma e de munição é proibido nas 24 horas que antecedem e sucedem o dia de votação. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovada em setembro determina que o descumprimento da regra pode acarretar prisão em flagrante por porte ilegal.

A ação apresentada pelo Prerrogativas afirma que Zambelli “constrangeu, ameaçou e humilhou, eleitor de candidato diverso”. E que “tais condutas colocam em risco não só a vida e integridade de pessoas que apoiam candidaturas adversárias, mas o próprio processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito”.


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“A liberdade de Carla Zambelli, portanto, coloca em risco a ordem pública e reforça a necessidade da decretação de sua prisão em flagrante”, diz o texto.

O presidente estadual da juventude socialista do PDT, João Guilherme Desenzi, presenciou a perseguição e disse à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo que Zambelli também apontou uma arma para a cara dele.

Desenzi afirmou que ouviu dois disparos de arma de fogo vindos da rua. Logo depois, o homem perseguido entrou no estabelecimento para se proteger, seguido por Zambelli, que também gritou:

“Deita no chão”.

“Quando ela entra no bar armada, um monte de gente sai correndo. Eu fiquei encurralado entre duas mesas”, narra o pedetista. As outras pessoas dentro do bar também gritavam, pedindo que a parlamentar saísse dali.


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“Na hora que ela aponta a arma para ele [homem perseguido], ela aponta para a minha cara também. Eu estava usando uma camiseta [com os números] 12+1”, afirma ele. “E depois voltou a apontar a arma para o homem”.

Segundo Desenzi, Zambelli estava acompanhada de dois homens. “Um deles chegou a dar tapas no rapaz perseguido”, segue o advogado.



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