Às vésperas do Dia de Finados, placas de túmulos são furtadas

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Família reclama da falta de segurança na Ala dos Pioneiros. Empresa diz que reforçou segurança no local

Marcos Nailton
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Familiares e parentes de pessoas enterradas no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, estão revoltados devido a furtos de placas de identificação de sepulturas no local. Os crimes ocorrem em diferentes pontos, geralmente à noite, inclusive na Ala dos Pioneiros, espaço onde ficam as pessoas que vieram morar na capital. Famílias cobram reforço na segurança do local.

O educador físico, Kwame de Mello, de 53 anos, disse ao Jornal de Brasília que visita mensalmente o túmulo onde estão os restos mortais de seu pai, o pioneiro Willy Bezerra de Mello, e da irmã Mali Garcia Bezerra de Mello. Ele conta que na segunda-feira (24), encontrou o túmulo sem a placa de identificação.

“Conversei com as pessoas que cuidam e fazem a manutenção, e eles falaram que no fim de semana tinham furtado quase que a Alas dos Pioneiros toda, e outras áreas próximas. Me disseram que na sexta-feira estava tudo certo lá, provavelmente aconteceu no sábado ou no domingo”, relata.

Kwane diz que se decepcionou com a cena, além de destacar a falta de segurança no cemitério. “Fiquei chateado cara, com esse sentimento de ter um bem subtraído, mas também não chega a ser um sentimento de impotência. A expressão que a gente usa, a última morada, nem alí a pessoa consegue ter paz”, lamenta.

O educador físico foi até a administração do cemitério prestar queixa, mas foi informado pela gerência que eles não faziam reposição gratuita, tendo que pagar um valor de R$267. Além disso, Kwame registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). “Agora é repor, esperar o prazo pra confeccionar e mentalizar para que isso não aconteça mais”, finaliza Kwame de Mello.

Segurança e serviços

Em nota, a Administração do Campo da Esperança informou que reforçou a segurança no cemitério da Asa Sul. A concessionária acrescentou que furtos de placas de identificação de sepulturas são ocasionalmente registrados, que promove rondas no espaço 24h por dia e que mantém um sistema de monitoramento por vídeo.


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“A vigilância é feita 24 horas por dia e os profissionais fazem rondas pelos campos em carros e motos. No último mês, a concessionária reforçou a vigilância ao contratar uma empresa de vigilância especializada que atua com seguranças armados. Até então, os vigilantes atuavam desarmados”, destacou a administração.

As peças de identificação de bronze são mais visadas nos furtos, para serem derretidas e revendidas. Atualmente, as peças produzidas pela concessionária são de outro material para evitar os crimes.

A empresa destacou, ainda, a importância do registro do crime junto às autoridades policiais. “A concessionária repõe, sem custos adicionais, as plaquetas furtadas das sepulturas com contrato de manutenção vigente. As famílias lesadas devem registrar a ocorrência na administração do cemitério, para que as providências sejam tomadas”, completou.

O serviço de manutenção custa R$ 77,50 por mês. Caso opte pelo plano anual, há desconto de 10%, e a parcela única custa R$ 832,57.


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“O valor das placas de identificação, assim como de todos os serviços cemiteriais, são reajustados de acordo com a inflação do ano anterior, conforme acordado em contrato de concessão estabelecido em 2002. Os preços são aprovados e publicados pela Secretaria de Justiça. Não há previsão para redução. A compra da peça produzida pela Campo da Esperança Serviços é opcional”, finalizou a empresa.



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