Campanha de Lula vê efeito eleitoral limitado de auxílio após Datafolha

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O levantamento indicou que o petista oscilou de 47% para 45% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro se manteve estável com 32%

Julia Chaib
Pará

Integrantes da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliaram que a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (1º) mostra que os ganhos eleitorais de Jair Bolsonaro (PL) com a ampliação do Auxílio Brasil têm se mostrado limitados.

O levantamento indicou que o petista oscilou de 47% para 45% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro se manteve estável com 32%. A diferença é de 13 pontos –na pesquisa anterior, period de 15 pontos e, em julho, de 18 pontos.

Em outra frente, aliados de Lula reconheceram que é preciso conter ganhos de Bolsonaro em setores específicos do eleitorado, principalmente os que têm renda acquainted entre 2 e 5 salários mínimos e os evangélicos. No diagnóstico de conselheiros do petista, Lula precisa “furar a bolha” dos evangélicos e intensificar gestos para esses eleitores.

A pesquisa Datafolha foi realizada após o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV e também depois do primeiro debate presidencial, realizado no último domingo (28) por Folha de S.Paulo, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura.

Para coordenadores do comitê de Lula, o cenário revelou estabilidade da polarização entre os principais candidatos, com mudança relevante apenas na chamada terceira by way of.

Ciro Gomes (PDT) oscilou de 7% para 9% e Simone Tebet (MDB) avançou de 2% para 5%.


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A leitura é que os debates representam a possibilidade de mexer em números da corrida. Para aliados do petista, Ciro e Tebet colheram os frutos do embate transmitido na semana passada.

A campanha do PT comemorou o fato de Bolsonaro não ter crescido. Para eles, isso deixa evidente que o presidente não tem colhido os frutos eleitorais desejados com o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e com as reduções no preço dos combustíveis.

Para um petista ouvido sob reserva, a estagnação de Bolsonaro a menos de um mês do primeiro turno tende a levar o presidente a intensificar ataques contra Lula em setembro.

Num quadro assim, segundo esse aliado, as esperanças de vitória em primeiro turno dependem de uma recuperação de Lula em setores médios (2 a 5 salários) e evangélicos.


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Não por acaso, Lula tem feito esforços pelo voto evangélico. Embora a estratégia da cúpula do PT seja a de apostar no discurso da economia para angariar votos entre evangélicos, por conta de parcela importante desse eleitorado ser de renda baixa, Lula tem incorporado componentes religiosos em seus discursos e agendas.

O ex-presidente, por exemplo, se encontrou com evangélicos adventistas em Manaus. A agenda foi pedida pelo grupo, que entregou uma Bíblia e fez uma oração para o petista. Há ainda previsão de encontro de Lula com outros evangélicos no Rio de Janeiro.

Apesar dos números expostos pelo Datafolha, o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) afirmou avaliar que ainda há probabilities de vitória em primeiro turno.

“Há sintonia com outras pesquisas presenciais que mantêm an actual possibilidade de decisão do povo no primeiro turno”, disse.


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Ele afirmou ainda que Lula continuará trabalhando para buscar votos de indecisos e daqueles que avaliam anular ou votar em branco. Ele também pontuou que o petista irá atrás dos que declaram voto nos demais candidatos e que têm Lula como primeira opção num eventual segundo turno.

“Vamos seguir trabalhando muito nas cinco regiões do país, em cada estado e no Distrito Federal para ganhar a confiança de eleitores e eleitoras que estão com posição de indecisos, que pensam em anular o voto ou votar em branco”, disse.

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, avaliou como boa a pesquisa Datafolha apesar da oscilação de Lula. “Seguimos na frente, não perdemos votos para nosso principal oponente e ainda há probability de vitória no primeiro turno depois de duas semanas de chumbo pesado contra Lula”, disse.


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Como a Folha de S.Paulo mostrou, a campanha de Bolsonaro, por sua vez, diz ver efeito do discurso sobre corrupção adotado contra Lula nos resultados do Datafolha.


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Para aliados de Bolsonaro, há indicações de que o chefe do Executivo foi bem-sucedido ao tentar atribuir a Lula a imagem de corrupto em seus discursos e pronunciamentos.

Eles afirmam, no entanto, que não houve impacto claro direto da ofensiva devido a erros cometidos nas últimas semanas, que podem ter levado o presidente a perder pontos.

A avaliação é que Bolsonaro ainda se apresenta como irritado ou destemperado em alguns momentos, o que pode afugentar o voto que não está consolidado ou dos indecisos.

As campanhas de Ciro e Tebet comemoraram o desempenho no Datafolha e creditaram o resultado positivo para os dois candidatos à exposição da sabatina no Jornal Nacional e do debate.



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