chacina de família não teve motivação financeira

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Com base no depoimento dos suspeitos, a PCDF trabalhava com a possibilidade de que os crimes teriam sido encomendados

Mais uma reviravolta no caso da família assassinada no início do mês. Uma pessoa próxima de uma das vítimas negou que a motivação do crime tenha sido financeira. Segundo Suzana*, os supostos R$ 400 mil da venda de um imóvel nunca existiram.

Com base no depoimento dos suspeitos, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trabalhava com a possibilidade de que os crimes teriam sido encomendados por Marcos Antônio e Thiago Gabriel, que teriam prometido R$ 100 mil para que eles matassem a família. Porém, após o corpo de Marcos ter sido encontrado, a teoria foi deixada de lado. Ainda assim, a corporação considerava que os assassinatos teriam sido motivados por dinheiro.

“Nada foi vendido, não tem dinheiro. […] Pelo menos na conta da Renata e da Gabriela nunca existiu R$ 400 mil, nunca existiu casa”, contou a parente ao Jornal de Brasília e ao programa Pão na Chapa.

Ainda de acordo com ela, o último imóvel vendido por Renata Juliene Belchior foi em setembro de 2021, no Condomínio Porto Rico, em Santa Maria, região em que as vítimas moravam. “Há um ano e meio atrás ela vendeu um imóvel no valor de R$ 68 mil, mas foi só”, continuou.

Na verdade, para Suzana, o que motivou o crime foi a suposta inveja dos assassinos por Marcos Antônio. Dois dos acusados pelo crime trabalhavam para Marcos e moravam na mesma chácara que a família.

Caso

No último dia 13, a cabeleireira Elizamar e seus três filhos desapareceram após deixarem a casa do sogro, onde ela teria ido para buscar o marido, Thiago Gabriel Belchior. Dois dias depois, o carro da cabeleireira foi encontrado queimado com quatro corpos carbonizados na GO-436, em Luziânia (GO).

No mesmo dia, Thiago, os sogros de Elizamar, Marcos Antônio de Oliveira e Renata Juliene Belchior, e a cunhada, Gabriela Belchior, também desapareceram. Na madrugada de segunda-feira (17), o carro de Marcos foi encontrado também queimados com os possíveis corpos da esposa e da filha dele, na BR-251, próximo a Unaí (MG).


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Ainda no dia 17, a ex-esposa de Marcos, Cláudia Regina Marques de Oliveira, e a filha dela, Ana Beatriz Marques de Oliveira, também tiveram o desaparecimento registrado. Mesmo assim, familiares delas afirmam que elas teriam sumido ainda no dia 13.

Três homens foram presos acusados de participação no crime. Dos 10 desaparecidos, até o momento, sete corpos foram encontrados, mas apenas cinco foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML). “Ainda temos esperança que ele [Thiago] apareça vivo”, disse a familiar.

Na última quarta-feira (18), a PCDF e o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) encontraram o corpo de Marcos enterrado na casa onde Renata e Gabriela teriam sido mantidas em cativeiro, em Planaltina.

O cadáver, enterrado em uma cova com 30 a 50cm, estava decapitado e sem os braços. Segundo o tenente Abreu do CBMDF, o estado de decomposição indica que Marcos foi morto entre 4 e 10 dias atrás.


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4º suspeito

A PCDF está procurando o quarto suspeito de participar do sequestro e assassinato da família. Carlomam dos Santos Nogueira, de 26 anos, teria relação com Horácio Carlos e Gideon Batista, outros suspeitos já presos por participação nos crimes. Além deles, Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos, também foi preso acusado ter sido contratado para vigiar Renata e Gabriela no cativeiro.

Vaquinha

Familiares das vítimas criaram uma vaquinha para ajudar no transporte e sepultamento dos corpos. Os corpos de duas vítimas estão em Belo Horizonte e precisam ser trazidos para o Distrito Federal para serem velados.

Segundo Suzana*, parente próxima de uma das vítimas, os corpos da Elizamar da Silva e de seus três filhos já foram liberados para serem enterrados, mas os de Gabriela e Renata ainda não foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML). “Nós não sabemos como, nem quando e nem como vamos trazê-las para o sepultamento”, explicou.


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