Como ‘Daisy Jones & the Six’ leva às telas a maior banda de rock que nunca existiu

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São os bastidores desse desmanche que uma jornalista investiga em “Daisy Jones & the Six”, série do Amazon Prime Video que estreia nesta sexta

Guilherme Luis
São Paulo – SP

Uma parceria entre a hipnotizante cantora Daisy Jones e a banda de rock The Six resultou num dos discos mais celebrados dos anos 1970. O grupo liderou as paradas musicais e virou febre. Só que, no auge do sucesso, os músicos se separaram sem explicar o porquê.

São os bastidores desse desmanche que uma jornalista investiga em “Daisy Jones & the Six”, série do Amazon Prime Video que estreia nesta sexta (3).

Os artistas que protagonizam a história não existiram de verdade. Eles foram criados por Taylor Jenkins Reid, americana que ficou famosa por escrever romances sobre celebridades de mentira. O seriado adapta um livro homônimo lançado por ela em 2019.

Há quem diga que Reid se inspirou na história real da banda Fleetwood Mac para criar “Daisy Jones & the Six”. Indagada, a escritora diz, em entrevista à reportagem, que fez isso mesmo, e que usou como fonte também nomes como Bruce Springsteen, Tom Petty, Eagles e Joni Mitchell.

Reid contou, no ano passado, que, antes de se arriscar na escrita, trabalhou com escalação de elenco em produções hollywoodianas. Ela gostava tanto de avaliar personagens alheios que decidiu largar o ofício para dar vazão às próprias criações.

“Tenho muito respeito pela arte de achar a pessoa certa para o papel certo. Diretores de elenco não recebem crédito o suficiente pelo talento que precisam não só para escolher os atores, mas para garantir que tenham química juntos”, afirma a escritora.


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O entrosamento entre os atores era mesmo importante nesta série, já que eles precisam convencer que formaram a maior banda dos anos 1970. Sam Claflin interpreta Billy Dunne, o vocalista ególatra dos The Six, e Riley Keough, que é neta de Elvis Presley na vida real, aqui dá vida à charmosa Daisy Jones.

Os dois encarnam uma dupla que coleciona fãs nas redes sociais -em especial no TikTok, onde o livro virou um queridinho. Claflin, que vem de adaptações da saga “Jogos Vorazes” e do livro “Como Eu Era Antes de Você”, diz não se sentir assustado com as expectativas dos leitores.

“Não sou um grande leitor, não sei o que está nas listas de mais vendidos nem quão popular um personagem é. Não trato uma adaptação de livro diferente de um roteiro original. A pressão que eu sinto é só a que coloco sobre mim mesmo”, afirma.

Para Claflin e Keough o mais difícil foi aprender a tocar violão e a cantar. São as vozes dos próprios atores que ressoam em “Aurora”, disco que foi gravado para o seriado e será lançado nas plataformas digitais no mesmo dia da estreia da produção.


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A atriz, aliás, diz que vir da família de Elvis Presley a deixou mais confortável para interpretar a vocalista. Este é o primeiro grande papel dela na televisão.

“Levou um ano para eu me sentir confiante com a música e a performance. Mas chegamos lá”, afirma Keough. Ela conta que estudou entrevistas e performances de vários músicos antigos para interpretar a cantora.

Scott Neustadter, um dos criadores do seriado, conta que o disco gravado para a série só nasceu depois que a equipe visitou o Sound City Studios, um importante estúdio americano de gravação analógica criado no início daquela década.

O compositor Blake Mills e o produtor Tony Berg trabalharam juntos para criar canções que remetessem aos clássicos setentistas, mas que também soassem originais, afirma Neustadter. “As músicas seriam usadas para contar uma história, então teriam que respeitar algumas funções narrativas. Esse processo levou cerca de um ano e meio.”


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O rock and roll domina a série, mas os capítulos têm boas doses de sexo e drogas também. Billy se encanta por Daisy mesmo estando apaixonado por sua esposa Camila, vivida pela argentina Camila Morrone. As dúvidas e incertezas causadas pelas tentações da estrada abalam o casamento e fazem Billy se render ao álcool, às drogas e a outras paixões.

Os pormenores desse triângulo amoroso, e do final dado aos personagens, é discutido à exaustão pelos fãs do livro nas redes sociais. Morrone quer fazer justiça às expectativas, mas diz que fez questão de criar sua própria versão da Camila.

Reid, a escritora, parece saber que alguns fãs vão chiar por causa das mudanças na história. “Qualquer adaptação vai ser diferente da obra original, mas eu consigo ver cenas que parecem idênticas às do livro e outras que não teria conseguido escrever num romance”, diz.


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Ela dá risada e desconversa quando questionada sobre uma possível segunda temporada. É como se soubesse que agora não é mais a única dona dos seus músicos de mentirinha.


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