DF tem 4 casos em investigação

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Mais quatro casos suspeitos de infecção por varíola dos macacos no DF foram notificados ao Ministério da Saúde pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF). O último registro foi informado nesta quarta-feira (6/7) e, até o momento, todos são tratados como suspeitos e o DF segue com apenas um caso confirmado da doença. 

Dentre os casos em investigação, todos são homens e três estão na faixa etária de 20 a 39 anos. Um deles, inclusive, é o adolescente que, no início da semana, aguardava a liberação de resultados de exames para a secretaria definir se seria um caso suspeito ou não. Os exames dos pacientes foram encaminhados ao Rio de Janeiro, para o laboratório de referência realizar os devidos testes para confirmar ou descartar a infecção pela nova doença. 

As datas das notificações de cada caso na capital federal foram dias 20/6, de um homem, entre 20 e 39 anos, e com a infecção descartada. Dia 28/6, novamente homem, entre 20 e 39 anos, com infecção confirmada, dia 29/6, também do sexo masculino, entre 15 e 19 anos, caso suspeito em investigação, dia 04/7, dois homens, entre 20 e 39 anos, casos são suspeitos e também estão em investigação, e 06/7, homem, entre 20 e 39 anos, mais um caso suspeito em investigação.  

Em nota, a SESDF informou que, além do DF, as demais notificações estão em São Paulo (52 casos), Rio de Janeiro (16 casos), Rio Grande do Sul (2 casos), Ceará (2 casos), Minas Gerais (2 casos), Rio Grande do Norte (1 caso). No complete, são 76 casos em todo o território nacional. 

Segundo o Dr. Manuel Palacios, médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília, apesar de ser uma doença que não costuma evoluir com gravidade, há descrições de casos graves, “principalmente na África e em países com incidências mais altas, como os Estados Unidos”, explica. Ele esclarece ainda que as formas graves estão associadas, principalmente, à grupos de risco, que geralmente são as gestantes, crianças e pessoas imunossuprimidas, ou seja, portadores de neoplasias. “Nestes casos, a doença pode sim ser letal”, acrescenta o profissional. 

Sintomas e prevenção 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o surto atual de varíola dos macacos é responsável por mais de cinco mil diagnósticos no mundo inteiro, sendo 85% deles registrados na Europa. No Brasil, o órgão já confirmou 76 casos. 

De acordo com especialistas, os 11 sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça, dor muscular; dor nas costas, calafrios, exaustão, suor noturno, sintomas gripais, como congestão e coriza, inchaço nos linfonodos, inchaço na virilha e erupções cutâneas.  Algumas complicações que podem aparecer ainda são baixa no humor, dor severa e conjuntivite.


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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos alertou, ainda, que muitos pacientes podem perceber irritação nos genitais e ânus, além das bordas da boca. Nos casos de infecção, eles também podem sentir dor nessas regiões, inflamação e até dificuldade para liberar as fezes. A comunidade científica ainda não tem certeza se a varíola dos macacos é transmitida por through sexual, no entanto, pesquisadores já encontraram o vírus no sêmen, mas não sabem se ele é capaz de infectar alguém. 

De acordo com um estudo recente que monitorou 54 pacientes infectados em maio, constatou que a maioria das lesões de pele apareceu na região genital, e além disso, os indivíduos também tiveram febre e cansaço. Sem exceções, todos os sintomáticos apresentaram algum tipo de lesão na pele e, apenas 18% dos infectados não tiveram nenhum sintoma antes de ter as feridas típicas da doença.

Assim que o primeiro caso apareceu na capital, a Secretaria de Saúde emitiu uma nota técnica aos profissionais de saúde tanto das redes pública quanto privada, com orientações para tratamento e manejo da doença. Segundo a pasta, pacientes com suspeita da varíola dos macacos devem ser mantidos em áreas separadas, até receberem atendimento. Estes, também precisam usar máscara cirúrgica, desde o momento em que forem identificados na triagem.

Os pacientes devem cumprir isolamento domiciliar. Em seguida, as amostras colhidas serão encaminhadas para análise do Laboratório Central (Lacen). A orientação da secretaria é de que, caso a pessoa esteja em bom estado, não há necessidade de internação. De acordo com Manuel Palacios, até o momento, não existe um tratamento específico para essa doença. “O que se tem são algumas medicações experimentais que foram utilizadas para casos de varíola humana”, pontua o especialista. 


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Se tratando da prevenção, até o momento, o uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas principais de evitar o contágio. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, destacando, ainda, que as mesmas servem para proteger contra a Covid-19. 

A transmissão, por sua vez, pode ocorrer por contato direto com o vírus, de pessoa para pessoa, por materiais contaminados, de mãe para o feto, da mãe para o bebê, úlceras, lesões ou feridas na boca.



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