Festival de CPIs

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Isso ajuda a multiplicar os requerimentos. Só nesta quinta-feira, 27, apareceram mais duas, ambas no Senado

O acirramento da campanha eleitoral conduziu a um festival de propostas de criação de comissões parlamentares de inquérito, na Câmara dos Deputados e principalmente no Senado. Dentro do espírito de guerrilha que atingiu o País, cada um dos dois lados estão inventando CPIs para atazanar o outro.

Para complicar, muitos parlamentares assinam o pedido para prestigiar os colegas e não por concordarem inteiramente com as alegações. Isso ajuda a multiplicar os requerimentos. Só nesta quinta-feira, 27, apareceram mais duas, ambas no Senado.

A primeira, desenhada por petistas, pretende apurar assédio eleitoral praticado por empresários, gerentes de empresas e até mesmo por prefeitos que ameaçaram trabalhadores, em sua maioria exigindo ou induzindo-os a votar em Bolsonaro, ou ainda oferecendo prêmios para quem fizesse isso.

Os signatários asseguram que o Ministério Público do Trabalho recebeu 1.850 denúncias de assédio eleitoral contra 1.440 empresas no Brasil até meio dia de quinta. A segunda CPI do dia, do senador bolsonarista Luis Carlos Heinze, quer investigar abuso de poder, na administração do horário eleitoral, “com gritante interferência na isonomia dos candidatos”.

Foi criada em resposta relâmpago às acusações de Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral sobre interferências nas veiculações publicitárias de campanha, em especial por barrarem mensagens em rádios do Norte e Nordeste. Lógico que, depois do resultado, poucos vão se interessar por essas CPIs, ao menos que os perdedores queiram criar ainda mais caso.

Pesquisas eleitorais na mira

A Câmara dos Deputados já prepara a instalação de uma CPI das Pesquisas Eleitorais, alvo de críticas não só de bolsonaristas contrariados com o que consideravam insistência em antecipar vitórias petistas, mas de parlamentares que se frustraram com os resultados.

Esse pedido caminhou mais rápido, pois era uma proposta mais antiga. Foi feita pelo deputado Rubens Bueno, do Cidadania, mas em contexto muito diferente. O presidente da Câmara, Arthur Lira, aceitou ressuscitar o projeto, mas com novo desenho.


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Diante disso, o Senado também entrou no tema. O senador bolsonarista Marcos do Val, do Espírito Santo, apresentou requerimento para a criação de CPI que investigue os institutos de pesquisas eleitorais. O documento já tem o apoio de outros 29 senadores e agora falta só ser lido em plenário.

Marcos do Val quer apurar as “expressivas discrepâncias” verificadas “em eleições recentes” entre os números de intenção de voto apresentados em pesquisas eleitorais e os eventuais resultados das urnas.



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