Indígenas bolsonaristas levam ato antidemocrático para aeroporto

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Vídeo que circula na internet mostra um grupo com algumas dezenas pessoas com faixas e cartazes em verde e amarelo, frases contra a censura

João Gabriel
Brasília, DF

Indígenas com faixas bolsonaristas foram ao aeroporto de Brasília nesta sexta-feira (2) em manifestação contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Vídeo que circula na internet mostra um grupo com algumas dezenas pessoas com faixas e cartazes em verde e amarelo, frases contra a censura e entoando gritos de “Lula, ladrão”.

Lideranças indígenas ouvidas pela reportagem sob condição de anonimato, os manifestantes são do povo Kayapó, que em parte é defensora do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas.

Nos cartazes, há frases que dizem “não vão nos calar”, “o Brasil pede socorro” e críticas à imprensa, inclusive em inglês. Eles protestam contra a diplomação dos políticos eleitos e cantam que Lula “não sobe a rampa”, em referência ao ato de posse do presidente, marcado para o dia 1º de janeiro.

O grupo se concentrou no estacionamento do local, mas depois ocupou a área de embarque e desembarque do aeroporto, se concentrando em frente aos portões que dão acesso às aeronaves.

Antes, em novembro, indígenas já haviam participado de atos bolsonaristas e antidemocráticos em Brasília.
Na ocasião, no entanto, eles eram do povo Paresí, que se concentra em Mato Grosso, estado fortemente bolsonarista. Integrantes da etnia também participaram de atos golpistas no estado.


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Os Paresí organizam, por exemplo, o Grupo dos Agricultores Indígenas, que reúne comunidades que plantam commodities agrícolas em larga escala.

Eles já foram, inclusive, recebidos pelo presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marcelo Xavier, e também elogiados por Bolsonaro, que incentiva a prática agrícola por parte dos povos.

Outro nome do bolsonarismo e do negacionismo climático que é próximo dos Paresí é Nabhn Garcia, secretário de Assuntos Fundiários e um dos mais principais nomes do ruralismo no governo.

Garcia, inclusive, foi quem indicou Xavier para o cargo da Funai e os dois são próximos desde a época em que o atual presidente do órgão indigenista, que é policial, atuava em Mato Grosso.


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