Lula chorou em diplomação de 2002 ao relembrar críticas por falta de curso universitário

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O líder petista chorou ao receber o diploma como 37º presidente da República, o primeiro sem formação universitária da história do país

Quando foi diplomado após ser eleito presidente pela primeira vez, em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exaltou sua trajetória marcada por quatro campanhas eleitorais em que sua falta de diploma de curso de nível superior era apontada como exemplo de despreparo.

O líder petista chorou ao receber o diploma como 37º presidente da República, o primeiro sem formação universitária da história do país.

“Se havia alguém no Brasil que duvidava que um torneiro mecânico…[interrompe com a voz embargada], saído de uma fábrica, …chegasse à Presidência da República, 2002 provou exatamente o contrário…[chora e é aplaudido]. E eu, que, durante tantas vezes,…fui acusado de não ter um diploma superior, ganho como meu primeiro diploma [chorando], o diploma de presidente da República do meu país”.

O presidente eleito relembrou sua diplomação em 2002 na véspera da nova cerimônia, que aconteceu nesta segunda-feira (12).

“Eu me emocionei muito na minha primeira diplomação como presidente em 2002”, publicou ele, nas redes sociais, junto ao vídeo em que aparece chorando na ocasião. “Amanhã viveremos juntos essa emoção mais uma vez.”

Na ocasião em que foi diplomado para seu primeiro mandato, a parte do discurso que fala de sua formação educacional foi feita de improviso. Antes, ele havia começado a ler texto curto previamente preparado pela sua assessoria.

Lula estava acompanhado da sua então esposa, Marisa Letícia, e dos filhos. Todos choraram ao ouvir o discurso.


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O presidente do TSE naquela eleição era Nelson Jobim. Ele abriu a sessão solene no auditório para cerca de 150 pessoas e elogiou os advogados do PT e do PSDB pela forma como se portaram no pleito de 2002. Pediu ainda desculpas pelas filas nos dias de votação.

“É evidente que o diploma conferido por um país, pela grande maioria de uma nação, é melhor que qualquer outro”, declarou Nelson Jobim.

No evento, o presidente do Congresso, Ramez Tebet, pai da senadora Simone Tebet (MDB) disse, na mesma linha, que “não há diploma mais consagrador que esse”, afirmou.

Então foi a vez de Lula falar. O presidente eleito afirmou que, “em razão do protocolo rígido”, tinha trazido um discurso escrito para poder respeitar o tempo previsto para sua fala.


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“Cinco minutos eu normalmente uso só para dizer que estou concluindo e falo depois por mais meia hora”, declarou, antes de começar a ler.

O texto era protocolar e curto: “Podemos afirmar sem nenhum exagero que o processo eleitoral brasileiro está entre os mais avançados do mundo”, discursou, elogiando a votação eletrônica e a “lisura” do processo eleitoral conduzido por Jobim.

Nesta segunda-feira (12), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diplomado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para o seu terceiro mandato. O petista fez um discurso de exaltação à democracia, elogios à firmeza do Judiciário na defesa do processo eleitoral e a promessa de garantir a normalidade institucional depois do fim do governo Jair Bolsonaro (PL).

Chorando novamente, Lula dedicou ao povo brasileiro o diploma de presidente eleito. Citou Deus e disse que fará todos os esforços para cumprir o compromisso de “fazer o Brasil um país mais desenvolvido e mais justo”.


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“Quero pedir desculpas a vocês pela emoção, porque quem passou o que eu passei nos meus últimos anos, estar aqui agora é a certeza de que Deus existe. Sei o quanto custou, não apenas a mim, mas ao povo brasileiro essa espera para reconquistarmos a democracia nesse país”, disse Lula, antes de começar o ler o discurso previamente preparado para a ocasião.



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