PF considera que Ibaneis não foi conivente com ato golpista

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Segundo relatório, o mandatário manteve contato com as autoridades locais e federais durante todo ataque. O documento foi encaminhado para o STF

Após análise das evidências e celulares, a Polícia Federal considerou que o governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) não foi conivente com o ato antidemocrático ocorrido no dia 8 de janeiro.

Segundo relatório, o mandatário manteve contato com as autoridades locais e federais durante todo ataque. O documento foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Sendo assim, a PF conclui que “pela análise da mídia disponível, considerando todo exposto, de forma cronológica, a investigação não revelou atos do governador Ibaneis em mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do governo federal ou mesmo de impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão.”

Entre o dia 7 e o 8, Ibaneis fez e recebeu cerca de 36 ligações, sendo que inúmeros foram para a vice-governadora Celina Leão (PP), a Polícia Federal, o então secretário-executivo de Segurança Pública, Fernando Sousa, os ministros da Defesa, José Múcio, e da Justiça, Flávio Dino, e os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.

No dia 8, um grupo de contrários ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e do STF e o Palácio do Planalto.

Poucas horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento de Ibaneis por 90 dias para que ele fosse investigado por conivência aos atos. Além dele, o então secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça Anderson Torres também foi afastado, exonerado e preso.

O governador chegou a prestar depoimento à PF e declarou que ficou “absolutamente surpreendido” com a inação da Polícia Militar do DF (PMDF) durante o ataque.


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Uma operação de busca e apreensão foi feita na casa de Ibaneis no dia 20 e, três dias depois, seus dois celulares foram entregues à PF pela defesa dele. Após o relatório, Moraes autorizou a devolução dos aparelhos.



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