Por PEC, Lula entra em campo com viagem a Brasília nesta segunda

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A informação foi dada no final da tarde desta sexta (25) pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, após reunião com Lula em sua casa em São Paulo

Eduardo Cucolo
São Paulo, SP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá a Brasília na próxima segunda-feira (28) para discutir com o Congresso o formato da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição, que tem como objetivo abrir espaço no teto de gastos para bancar despesas como o Bolsa Família.

A informação foi dada no final da tarde desta sexta (25) pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, após reunião com Lula em sua casa em São Paulo. O senador Jaques Wagner, escalado pelo partido para a articulação política da proposta com o Legislativo, também esteve presente.

Gleisi afirmou ainda que Lula irá insistir na PEC, cujo desenho dependerá das conversas com os líderes do Congresso -a resistência do Legislativo à proposta vem pressionando o partido a detalhar um plano B, como abertura de crédito extraordinário.

“Ele [Lula] vai estar lá a partir de segunda-feira, quer fazer várias reuniões com os partidos e as bancadas, quer conversar novamente com os presidentes da Câmara e do Senado. Ele deve ficar em Brasília de segunda a sexta para fazer essas conversas e para a gente também encaminhar a PEC”, afirmou a presidente do PT.

Ela disse que a viagem a Brasília ficará concentrada nas discussões sobre a PEC e não na definição de nomes para o ministério. Para isso, haverá discussões com os partidos e também com alguns economistas.

“A linha é aquela: precisamos ter espaço fiscal para honrar com o Bolsa Família, com as crianças de um a seis anos. Enfim, com as propostas que nós debatemos durante a campanha. Isso tudo que estamos discutindo em relação à PEC foi aprovado por 100% do eleitorado brasileiro. Quem votou no presidente Lula e também quem votou em Bolsonaro.”


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Questionada sobre a possibilidade de outra solução para viabilizar o Bolsa Família de R$ 600 que não seja via PEC, Gleisi afirmou que o presidente quer insistir no caminho da política e que o Congresso Nacional terá sensibilidade para levar adiante a proposta.
Ela minimizou as dificuldades do governo nas discussões sobre a proposta e disse que tudo é uma questão de ajuste de conversas.

“Talvez a forma como foi iniciado o processo tenha desagradado. A gente tem de conversar, e penso que teremos um bom resultado nesse processo.”

Como a Folha mostrou, parlamentares têm criticado a atuação do PT, reclamando que não foram ouvidos. O próprio partido reconheceu que houve problemas na negociação da PEC, criando uma força-tarefa.

Gleisi disse ainda que nas reuniões desta sexta não foi definido o nome de nenhum ministro.


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“O presidente tem vários nomes na cabeça, já tem mais ou menos o que está pretendendo para o ministério, mas ele não tem pressa nessa definição, vai fazê-la quando achar oportuno. Ele quer ter bastante segurança nesse sentido. Pode ser que ele fale alguma coisa na semana que vem ou não.”

Nos últimos dias, o nome do ex-ministro Fernando Haddad voltou a ganhar força na bolsa de apostas para a pasta da Fazenda. O petista também esteve em São Paulo nesta sexta, representando Lula em um almoço com banqueiros, o que reforçou as especulações em torno de seu nome.

Também participou do evento Alexandre Padilha, outro cotado para a pasta.

Em relação à presença do senador Jaques Wagner nas reuniões, a presidente do PT afirmou que ele está ajudando nas articulações políticas e também dos nomes relacionados ao grupo de trabalho na área da Defesa, que devem ser anunciados na segunda-feira, segundo a presidente do PT


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A equipe de transição aposta na aprovação da PEC para possibilitar o pagamento do programa Bolsa Família fora do teto dos gastos. O PT quer ao menos R$ 175 bilhões de licença para gastar para financiar o programa, além de outros R$ 23 bilhões para investimentos. Além do valor aprovado fora do teto, o rombo já previsto para o ano é de cerca de R$ 63 bilhões.

Um dos pontos que travam a proposta é a duração desse caráter excepcional. O PT defendia inicialmente que esse modelo valeria permanentemente e já admitiu recuar para os quatro anos do mandato de Lula.


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