Spielberg declara amor à família e à sétima arte em Os Fabelmans

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Longa que faz uma autoanálise familiar da infância e juventude de Steven Spielberg estreia nesta quinta-feira (12)

Um artista já nasce pronto ou se torna? Como separar a vida pessoal da profissional? Perguntas difíceis de se ter uma resposta exata. Ao longo dos anos, diversos diretores se tornaram ícones inalcançáveis. Mas como chegaram até esse ponto? Qual foi o insight que tiveram para encantar e inspirar gerações?

Steven Spielberg se tornou um dos maiores diretores da história do cinema. Longas como “E.T. O Extraterrestre” (1982), “A Cor Púrpura” (1985) a “A Lista de Schindler” (1993), entre outros, entram no imaginário coletivo de amantes da sétima arte. Mas você já se perguntou como ele se tornou um diretor de fama mundial ou como sua família pode ter influenciado em suas criações?

Pois é exatamente isso que “Os Fabelmans” responde! O longa fala como o amor pelo cinema começou em Spielberg e de que forma alguns de seus filmes como “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981) podem ter sido influenciados por acontecimentos da infância. Além do início da sua história com o cinema, o filme ainda se torna uma espécie de autoanálise sobre sua família, abordando o fato de que o seu pai via a telona como um hobby e como a sua mãe teve a carreira de pianista interrompida para cuidar dos filhos. O divórcio dos pais, algo que teve forte manifestação na vida de Steven, também é relatado.

A família Fabelman, dividida entre Burt (Paul Dano), Mitzi (Michelle Williams) e os quatro filhos, dentre eles Sammy (vivido por Mateo Zoryan na infância e Gabriel LaBelle na adolescência), se torna o foco principal da história. Sammy encontra sua vocação profissional quando assiste “O Maior Espetáculo da Terra” (1952). O garoto fica encantado. Não pelos protagonistas, mas sim pela sensação de controle de colocar tudo em seu lugar. A história se divide entre os primeiros passos do protagonista com os filmes caseiros e os dramas familiares.

Foto: Divulgação/Universal Pictures
Direção e roteiro 

Para deixar claro, o personagem Sammy é Steven Spielberg. Quem acompanha a carreira do diretor provavelmente vai lembrar de algumas histórias apresentadas no longa e de algumas pistas que ele deixa em algumas cenas, como uma lembrança do “Império do Sol” (1987). Em “Os Fabelmans”, o diretor está em seu mais alto nível, tendo total controle, foco, paisagens e instrumentos visuais. Spielberg consegue captar tudo com uma naturalidade única. Mesmo a história sendo sobre o Sammy e como é a sua visão, mesmo que distorcida, o diretor encontra a melhor atuação quando dirige Michelle Williams.

Outro ponto para deixar claro é que “Os Fabelmans” não é uma biografia. Spielberg monta suas memórias, com a ajuda de Tony Kushner, sobre a sua visão dos fatos, como as brigas dos pais e os “momentos” da mãe. O longa também mostra como os outros viam seus primeiros filmes feitos ainda na adolescência e de que maneira isso poderia mudar suas escolhas criativas. O público vai disrtinguir o real do imaginário por momentos borrados, o próprio Spielberg já disse que se vê de um jeito meio bagunçado.

Foto: Divulgação/Universal Pictures
Elenco perfeito 

Nenhuma das atuações deixa a desejar. Paul Dano está magnífico, portando uma segurança em cena para conduzir suas falas como poucos. Seth Rogen é uma grata surpresa. Conhecido por comédias bobas, o ator dá um ótimo suporte em cena para todo o elenco. Gabriel LaBelle, que recebeu a difícil tarefa de protagonizar um filme do Spielberg, consegue transportar a todos para a juventude e suas indecisões ou sua empatia pelo próximo e principalmente por sua mãe, vivida por Michelle Williams. Michelle, inclusive, está deslumbrante em cena. É, com toda certeza, sua melhor atuação — e uma das melhores da temporada. O longa ainda conta com uma participação especial de David Lynch, que interpreta o grande diretor John Ford.


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Conclusão

“Os Fabelmans” se torna uma grande celebração ao amor pela sétima arte, bem como também uma carinhosa declaração à família. O longa termina com uma queda da quarta parede, para deixar claro em que momento sua carreira teve início. Mesmo esse não sendo o último projeto de Spielberg, torna-se um dos mais memoráveis de sua vida.

Confira o trailer: 

Ficha técnica:

Direção: Steven Spielberg; 


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Roteiro: Steven Spielberg e Tony Kushner;

​​Elenco: Michelle Williams, Paul Dano, Seth Rogen e Gabriel LaBelle;

Gênero: Drama;

Distribuição: Universal Pictures;


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Duração: 149 minutos;

 Classificação Indicativa: 14 anos;

Assistiu à pré-estreia a convite da Espaço/Z


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