Volume de serviços tem nova queda no DF

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O índice de quantity de serviços do DF recuou mais uma vez em junho deste ano, sendo puxada pelo setor da construção civil

Vitor Mendonça
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O índice de quantity de serviços do Distrito Federal recuou mais uma vez em junho deste ano. Na nova avaliação feita pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a redução foi de 0,3% em relação a maio. Esta é a terceira queda consecutiva, acumulando uma diminuição de 10% em três meses.

De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio no DF, José Aparecido Freire, as baixas têm sido puxadas pela construção civil, uma vez que os altos juros para a compra e venda de empreendimentos imobiliários desestimularam a movimentação do setor.

Em contraste com o ocorrido entre janeiro e março deste ano, com o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) reduzido de 3% para 1% no período, o momento atual apresenta reduções nas negociações. De acordo com o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) imobiliárias de junho no DF, a capital teve variação negativa de 14,6% entre maio e junho, e de 17,4% entre março e abril. Entre abril e maio, houve pequeno crescimento de 1,8%.

“[Entre janeiro e março], as construtoras aceleraram as obras e lançamentos. A partir de abril, com os juros altos, que vêm subindo muito, as pessoas não estão investindo muito em imobiliárias, que têm muito peso em termos de serviço. As construtoras diminuem o ritmo de obra e diminuem as contratações, tanto diretas quanto de terceirização”, afirmou José Aparecido.

De acordo com ele, os maiores impactos, portanto, acontecem nas contratações das construtoras, que, devido à diminuição na demanda e oferta de empreendimentos, reduzem o quadro de funcionários, ou não o expandem. O fato de este ser um ano eleitoral também contribui para a desaceleração do setor, segundo o presidente da Fecomércio-DF.

Uma vez que os focos políticos se voltam para as cidades de origem dos candidatos, Brasília sai do foco das atenções. Para José Aparecido, as reduções mensais no setor de serviços do DF continuarão a acontecer pelo menos até as eleições acabarem. Depois, a retomada pode acontecer de maneira tímida com os investimentos dentro do comércio, com as datas comemorativas de fim de ano.


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“Historicamente, os meses de agosto e setembro são ruins [para o setor de serviços]. A partir de novembro, pela proximidade do fim de ano, pode haver um aquecimento novamente. O Dia de Finados acaba aquecendo o setor de flores, tem a Black Friday e já começam as compras para o Natal”, avaliou. O Dia das Crianças também poderá ajudar em outubro, ainda segundo ele.

No que diz respeito à variação da receita nominal de serviços no DF – isto é, a quantidade de dinheiro que o setor de serviços do DF ganhou incluindo juros e outros encargos –, por outro lado, a PMS constatou uma alta de 2,1% se comparada a meio deste ano.

Sobre a pesquisa

De acordo com o IBGE, a produção e acompanhamento de indicadores feitos pela PMS permitem saber se as empresas que oferecem serviços no Brasil estão com os negócios sustentáveis ou não, analisando a receita bruta das instituições formais do setor que tenham 20 ou mais pessoas ocupadas e que desempenhem como principal atividade um serviço não financeiro, exceto as áreas da saúde e educação.


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A PMS iniciou em janeiro de 2011 em 12 unidades da federação, sendo Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os primeiros resultados anuais comparativos começaram a sair em janeiro de 2012, um ano depois do início das pesquisas.

O IBGE estabeleceu como do setor de Serviços as atividades de: serviços prestados às famílias (alojamento e alimentação; outros serviços prestados às famílias); serviços de informação e comunicação (serviços TIC; serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias); serviços profissionais, administrativos e complementares (serviços técnico-profissionais; serviços administrativos e complementares); transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (transporte terrestre; transporte aquaviário, transporte aéreo; armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio); e outros serviços.



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