A Rússia vai à guerra

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Guerras são inaceitáveis no século XXI. E Putin é um Czar que precisa ser destronado para o bem da humanidade

A guerra Rússia x Ucrânia já dura mais de um ano, mesmo assim resolvi denominar esse artigo de ‘A Rússia vai à guerra’ para fazer uma alusão ao filme brasileiro ‘Johnny vai à Guerra’.

Insatisfeito com as ações intimidatórias e perversas que realiza na Ucrânia já há muitos anos, Vladimir Putin, o Czar russo do século XXI, resolveu atacar o país, fazendo o inferno desabar sob esse povo sofrido, que já passou por tantos massacres nos últimos 100 anos. As ações cruéis: greves, sabotagens, boicotes, assassinatos cometidos por Putin desde que a Ucrânia começou a se aproximar do ocidente nos últimos vinte anos, têm sido permanentes. O ocidente não tinha conhecimento exato dessas ações, mas com o avanço da guerra, elas
vieram à tona.

Diferentemente da grande maioria dos países do mundo, os países eslavos, Rússia e Ucrânia adotam o princípio do Jus Sanguinis, (direito de sangue) ou seja, sua nacionalidade não tem nada a ver com o lugar onde você nasce, mas sim com o sangue de seu pai e da sua mãe. Já na maioria do ocidente a cidadania ocorre por meio do Jus Soli, (direito do solo). Se você nasce no Brasil, independentemente de onde nasceram seus pais, você é brasileiro. Assim, a Rússia teria em torno de 20% de Russos vivendo na Ucrânia. Além do que, é em Kiev que começa a história da Rússia, a chamada Rus de Kiev, no século VIII.

Esses são os principais motivos alegados por Putin para atacar a Ucrânia. Não satisfeito com a Rússia ser o maior país do mundo, com uma área equivalente a dois Brasis, Putin quer um retorno ao tempo da União Soviética, ou seja, quer mais um Brasil de área. E mais ainda, não quer a Ucrânia se aproximando da União europeia, entrando na OTAN e outras organizações ligadas ao ocidente, já que isso é se aproximar dos EUA, seu eterno inimigo. Como a Rússia, embora gigantesca, quase nunca teve saída para o mar (que ironia) e nem uma cadeia de montanhas que a protegesse de ataques diretos – basta lembrar de Napoleão e Hitler, embora derrotados – ela seria um alvo fácil para seus inimigos. Daí que a Ucrânia é um baluarte para sua defesa. Tanto que a Criméia, foco permanente de tensões ao longo dos últimos séculos, está agora sob domínio da Rússia. Destino esse que a Ucrânia não quer.

Digo que mesmo com essa ligação quase xifópaga da Ucrânia com a Rússia, a Ucrânia tem direito de decidir o seu destino. De se libertar do jugo Russo. E isso a grande maioria dos ucranianos querem fazer, ficar livres, como um jovem que se tornou adulto e quer seguir seu próprio destino. A colossal Rússia, quase 30 vezes maior que a Ucrânia, quer que ela seja um estado, na verdade mais uma província como a Chechênia e dezenas de outras. E isso a Ucrânia não aceita.

É curioso que a Rússia não consiga se libertar da autocracia como forma de governo. Ela que passou por uma das maiores revoluções da história da humanidade, a revolução bolchevique, em 1917, derrubando o governo dos Czares, autocratas cruéis que governavam sem constituição ou parlamento, acabou caindo, durante o governo comunista, sob Stalin, um dos ditadores assassinos mais cruéis da história. Diria que o mais cruel, pior até mesmo que Hitler. Stalin morre em 1953, e vem o governo de Nikita Kruschev que dura mais de vinte anos. Com a queda do comunismo e a dissolução da União Soviética, bem no início dos anos 90, achava-se que a Rússia, bem como as outras repúblicas iriam adotar a democracia como forma de governo. Não estou dizendo, nos moldes ocidentais, mas pelo menos algo parecido, respeitando as características e desejos do povo eslavo. Quase todas as Ex-repúblicas viraram democracias.

A Rússia mais uma vez caiu nas mãos de um autocrata que a governa desde o ano 2000, ou seja, há 23 anos. Para isso, ele tem fraudado eleições, mandado matar adversários e qualquer um que ouse enfrentá-lo, sejam jornalistas, oligarcas etc. A Rússia não está indo bem na guerra, e pode ser derrotada. E derrota pode ser o fim da Era Putin. É que esperamos.


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Guerras são inaceitáveis no século XXI. E Putin é um Czar que precisa ser destronado para o bem da humanidade.



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