Bolsonaro se defende de mau uso do cartão corporativo

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Presidente disse que nunca usou nada do seu cartão particular e aproveitou para atacar Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro se defendeu, neste domingo (29), de acusações de uso indevido do cartão corporativo. A apoiadores na frente da casa onde está morando em Orlando, na Flórida (Estados Unidos), Bolsonaro retrucou as denúncias e aproveitou para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro desviou do tema ‘cartão corporativo’ e abordou o seu cartão de crédito particular. “Você sabe quanto eu gastei ou saquei do meu cartão particular durante quatro anos? Alguém tem ideia? Zero!”, disse. “Nunca paguei um picolé, nunca saquei. Eu podia sacar até R$ 17 mil por mês, daria 3 mil dólares, para despesas sem prestação de contas. Nunca gastei um centavo, nunca saquei um centavo. Então, não tem o que acusar”, defendeu-se o ex-presidente.

Em seguida, Bolsonaro atacou Luiz Inácio: “O Lula, fazendo as conversões, gastou o dobro do que eu gastei”, acusou. “Eu podia, durante esses quatro anos, [requerer] R$ 30 mil por mês de aposentadoria como deputado. Nunca requeri aposentadoria de deputado”, completou.

Bolsonaro foi perguntado ainda se ele ou alguém da família pretende se candidatar a presidente no futuro. O presidente desconversou, e a gravação foi encerrada logo após.

Gastos

No início deste mês, vieram à tona gastos de Bolsonaro no cartão corporativo enquanto era presidente. O ex-mandatário usou R$ 27,6 milhões em quatro anos para pagar despesas com viagens e motociatas, por exemplo. Alguns dados despertam curiosidade, como os R$ 109 mil gastos em um só dia em um restaurante em Boa Vista-RR, em 26 de outubro de 2021. O local vende marmita a 17 reais, em média.

O cartão corporativo também foi usado para pagar R$ 8,6 mil em sorveterias, além de despesas com Michelle e os filhos durante viagens.

Calado após a derrota nas eleições presidenciais em outubro de 2022, Bolsonaro está morando há um mês em Orlando, em uma casa pertencente ao lutador de MMA José Aldo, que deixou o imóvel à disposição do ex-presidente. Ontem (28), o ‘filho 01’, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que não sabe quando o pai volta ao Brasil. “Não tem previsão. Pode ser amanhã, pode ser daqui uns seis meses, pode não voltar nunca. Não sei.”


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