Do alto da torre entrevista Leila Barros

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Nesta entrevista, que abre uma série organizada pelo Jornal de Brasília ao se chegar à reta closing do primeiro turno eleitoral, ela diz ainda que destinará o subsídio dado às empresas de ônibus

Em segundo lugar de acordo com as últimas pesquisas de intenções de voto para o governo do Distrito Federal, a senadora Leila Barros promete “abrir o diálogo com todos os partidos e construir uma frente ampla para fazer um governo que priorize os direitos básicos dos cidadãos”. Caso chegue ao segundo turno, a senadora do PDT espera estar “em um campo progressista mobilizado e unido, entendendo a importância histórica desse momento”. Nesta entrevista, que abre uma série organizada pelo Jornal de Brasília ao se chegar à reta closing do primeiro turno eleitoral, ela diz ainda que destinará o subsídio dado às empresas de ônibus para a ampliação do metrô, que pretende ampliar o quadro de servidores para a saúde e que universalizará a pré-escola.

1. Existem fortes pressões por uma união das esquerdas no Distrito Federal contra o governador Ibaneis Rocha, o que já levou até à retirada da candidatura de Rafael Parente, do PSB. O que a senadora pensa desse apelo à união?

Resposta: Penso que as próximas duas semanas serão decisivas para a aproximação, diálogo e mobilização do campo progressista para as eleições ao governo do Distrito Federal.

Sabemos que o Distrito Federal enfrenta sérias crises nas áreas econômica, social e sanitária. Sabemos que o Distrito Federal precisa de um governo que priorize as pessoas. A atual gestão teve um absoluto descaso com a população. Vimos isso no enfrentamento da pandemia, nos casos de corrupção com a prisão dos representantes do primeiro escalão da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Precisamos reagir. Acredito que a união será muito benéfica não só pra cidade, mas também para que possamos chegar ao segundo turno com o campo progressista mobilizado e unido, entendendo a importância histórica desse momento. Brand, esse é um caminho pure: a busca pelo diálogo e a união de forças.

2. Caso a senadora Leila vá ao segundo turno, presumivelmente contra Ibaneis, já que os dois estão à frente em pesquisas, como pensa em organizar a sua campanha e como tentará costurar alianças?

Resposta: Vamos abrir o diálogo com todos os partidos e construir uma frente ampla para fazer um governo que priorize os direitos básicos dos cidadãos. Essa é uma pauta que interessa a todos. Está claro que a pandemia gerou uma crise sanitária, social, econômica e ethical. Hoje, os brasilienses sofrem com o descaso na Saúde, Segurança, Educação, Desenvolvimento Social e Mobilidade Urbana. E isso vai ficar claro em nossa campanha no segundo turno. A população terá tempo para comparar as propostas e ver que, juntos, podemos construir um DF melhor para as famílias brasilenses.


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3. A senadora tem criticado bastante a Saúde no Distrito Federal e dado ênfase também à assistência social, como no caso do CRAS. O atual governo alega grande aumento da demanda nos últimos anos, assim como carência de funcionários especializados. Que medidas concretas a senadora tomaria, caso eleita, nessas áreas?

Resposta: A solução para o aumento da demanda é a ampliação da infraestrutura física da Saúde e a ampliação do quadro de servidores. Iremos construir mais 2 hospitais – São Sebastião e Pôr do Sol/Sol Nascente – além de ampliar o do Guará. Queremos, o mais rápido possível, zerar a fila das cirurgias e exames. Em relação ao CRAS, antes de tudo, gostaria de me solidarizar com a família da Janaína Araújo, que morreu na fila do CRAS, em 17 de agosto, após uma espera que já durava oito dias. Uma situação inadmissível. Por isso, queremos remodelar, por completo, nossa rede de proteção social. Unificar os benefícios em apenas um cartão que dê acesso a vários programas e ampliar os serviços do CRAS em todas as regiões administrativas.

4. Da mesma forma, como enfrentaria as frequentes queixas da população contra a qualidade do transporte público no Distrito Federal e contra os elevados subsídios governamentais às empresas de ônibus, sem retorno aparente?

Resposta: Com o que pagamos de subsídios às empresas de ônibus, que gira em torno de R $2 bilhões, já poderíamos ter expandido o Metrô, que é o modal certo para cobrir as grandes distâncias que temos no Distrito Federal. Iremos expandir o Metrô para Santa Maria, Gama, da Ceilândia até o Pôr do Sol, de Samambaia até o closing da cidade. O Metrô vai chegar até o fim da Asa Norte e fazer uma conexão com um monotrilho para Sobradinho e Planaltina. Queremos criar um bilhete único que também seja integrado com novas linhas de VLT do Aeroporto para W3 Sul/Norte e L2 Sul/Norte. Passar três, quatro horas, em pé, dentro de ônibus lotados é massacrante. Precisamos resolver isso o quanto antes.


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5. O atual governo tem insistido em estatísticas de segurança, para dizer que os índices de criminalidade baixaram na capital. O que a senadora pensa disso e como faria para obter resultados positivos.

Resposta: É importante salientar que nós temos uma das melhores e mais preparadas polícias do Brasil, com um dos menores índices de letalidade do País. Sabemos que precisamos de mais profissionais da Segurança Pública, valorizar os atuais e modernizar a estrutura física. Queremos reestruturar a segurança nos batalhões escolares, na área rural e promover estratégias de segurança pública nos territórios mais vulneráveis.

6. Sempre pensando em medidas concretas, como enfrentar a violência nas salas de aula (onde há muitos casos de agressões a professores, a funcionários e entre alunos), a qualidade do ensino e a reiteradas denúncias de elevado absenteísmo entre professores?

Resposta: Sou mãe. Quando deixo meu filho na porta da escola, quero ter a certeza que ele estará em Segurança. Quero ter a certeza que ele voltará bem para casa. No meu governo, isso será uma realidade. Vamos ampliar o Batalhão Escolar para que atue nas imediações das unidades de ensino e, acima de tudo, vamos colocar mais psicólogos e assistentes sociais que possam acolher essas crianças e jovens, que passaram por um período muito difícil na pandemia. Em 2020, 28 mil crianças não tiveram acesso à escola. Em 2021, o número de matrículas caiu acima de 12% no ensino público. Vamos fazer uma busca ativa desses estudantes para que eles retornem às escolas. Precisamos valorizar os profissionais da Educação, ampliar o número de creches e universalizar a pré-escola. O que mais escuto das mães nas ruas é a falta de creches para que possam trabalhar com tranquilidade. Peço a elas e aos seus leitores que nos deem seu voto de confiança para que possamos fazer um governo que coloque as pessoas em primeiro lugar.


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