Em SC, policial diz que população deve ‘resistir’ 72 horas para presidente tomar uma atitude

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Agente diz a apoiadores de Bolsonaro que policiais estão apoiando manifestantes, apesar de atos terem como pauta o questionamento às eleições e o processo democrático

Um agente policial do Grupo de Apoio Preventivo (GAP) da Coordenadoria de Trânsito de Itajaí, no litoral de Santa Catarina, pediu a uma multidão de manifestantes bolsonaristas que “resistam” pelo prazo de 72 horas, para que o presidente Jair Bolsonaro possa “tomar uma atitude” em relação às eleições na qual foi derrotado.

Em vídeos que circulam pelas redes sociais, o agente pede o microfone que é usado pelos manifestantes que estavam aglomerado na margem da BR-101. “Pessoal, é o seguinte, nós estamos todos no mesmo barco. Nós estamos juntos com vocês”, afirma, em meio aos gritos e buzinas usadas pelos manifestantes.

“Pessoal, nós temos que resistir 72 horas pro presidente poder tomar uma atitude. Por isso que ele não se manifestou até agora. Ele não pode se manifestar até agora. Por isso que tem que esperar 72 horas”, diz o agente, pedindo na sequência que as manifestações sejam pacíficas e que não coloquem fogo em nada. “Nós não podemos nos comparar aos bandidos. Nós somos brasileiros, somos cidadãos de bem e nós vamos trabalhar dentro da lei.”

O agente pede uma manifestação de força “sábia”. “Vocês vão ter o apoio das forças militares, dessa maneira”, diz. Durante a sua fala, o agente estava fardado e utilizava a viatura do GAP.

A reportagem questionou a Codetran sobre o assunto. Não houve resposta até a publicação deste texto. Segundo a revista O Sabiá, o chefe da Codetran, conforme apuração da imprensa local, declarou que o agente não foi autorizado a ir até o local e usar a estrutura do município para participar das manifestações. Ele afirmou será aberto um processo-administrativo contra o agente na terça, 1 de novembro, e que enviará o relatório à Procuradoria Geral do município.

As manifestações que acontecem no país têm motivação golpista, uma vez que questionam o resultado das eleições que, como demonstrou a Justiça Eleitoral e todos os órgãos que fiscalizaram o assunto, ocorrem de forma regular, sem nenhum tipo de intercorrência.

Estadão conteúdo


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