“Pix” dos EUA passa por problemas com aumento de fraudes

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Foi durante a pandemia que o número de transferências utilizando o sistema cresceu, o que também fez aumentar o número de golpes

O sistema norte-americano semelhante ao Pix brasileiro tem passado por problemas. Os principais bancos dos Estados Unidos estão se reunindo para elaborar um plano de compensação aos clientes vítimas de golpes na rede de pagamento virtual Zelle.

Ao contrário do Brasil, os EUA tem diversos sistemas de pagamento semelhantes ao Pix. Um dos principais é o Zelle, criado em 2017 e operado pelo Early Warning Service, empresa privada controlada pelo Bank of America, BB&T, Capital One, JPMorgan Chase, PNC Bank, US Bank, Citibank e Wells Fargo. De acordo com o consórcio, com o plano, a ideia é aumentar a segurança e confiança.

Ainda que lançado há cinco anos, foi apenas durante a pandemia de covid-19 que o número de transferências utilizando o sistema cresceu, o que também fez aumentar o número de golpes. Segundo o consórcio, os golpistas tentam os usuários a enviar o dinheiro ao fingirem ser do suporte ao cliente da empresa.

Os criminosos enviam e-mails, mensagens de texto e ligam para os clientes se passando pelos bancos e os convencem a enviar o dinheiro supostamente para suas próprias contas.

Ainda que os bancos sejam obrigados a reembolsar clientes por transações não autorizadas, não existe qualquer orientação para esses casos de fraude, já que os bancos não se sentem responsáveis pelos golpes no sistema ou pela devolução do dinheiro.

Em sua defesa, os bancos afirmam que a lei federal dos Estados Unidos sobre transferências eletrônicas exige que apenas transações “não autorizadas” sejam cobertas pelos bancos.

Além do Zelle, os estadunidenses também utilizam o Venmo, do Paypal, e, em setembro, o Banco Central dos EUA (Fed) iniciou os testes para o sistema próprio de pagamentos eletrônicos, o FedNow.


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Brasil

No Brasil, não existe qualquer política clara relacionada a devolução de valores a pessoas que realizaram transações com uma “chave” errada, por exemplo.

Ainda assim, no final de 2021, o Banco Central criou uma norma sobre o assunto. “O Banco Central criou uma norma denominada que operacionaliza o Mecanismo Especial de Devolução (MED). Ocorrendo um erro por parte do cliente pagador, este pode abrir uma notificação de infração para transações e solicitar a devolução do recurso, vale lembrar que o cliente tem um prazo de no máximo 80 dias para informar a instituição financeira”, explica o economista José Dantas.



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